[Aventura]: Os Renegados

Bem vindos, este é o início de uma nova campanha aqui na Creatures Arena, que se passa dez anos após o fim da aventura anterior.
 Sendo assim, para aqueles que não estão familiarizados com o mundo deste cenário, aqui vai um breve resumo:


Atualmente, existem apenas algumas grandes cidades, reinos e facções que são vastamente conhecidas pela população:




“Morrer brandindo a espada é o maior desejo de um Ryuken”



O reino Ryuken é comandado pelo clã milenar de mesmo nome.
Quase toda a população do reino é composta por homens e mulheres com o sobrenome Ryuken. Os Ryukens são amantes das lâminas e das batalhas desde muito antes da grande guerra que levou ao fim do mundo como conhecemos, eles são uma força militar desejada por todos que almejam poder, e temida por qualquer um.
  Odeiam seres sobrenaturais e magias são proibidas na sua capital. São grandes caçadores de monstros e a economia do reino se baseia em grandes contratos com outros reinos/cidades, contratos entre indivíduos ou das riquezas provenientes de territórios conquistados. São liderados por um guerreiro capaz de vencer o ritual de sucessão após a morte do líder anterior.
  Clamam serem descendentes de dragões, devida a uma lenda de histórias antigas que eles contam com sorrisos nos rostos.


.“Você trouxe uma faca para uma luta de armas?”


      Um dos poucos locais que conseguiu reter uma boa parte do conhecimento tecnológico antigo, possuidores das incríveis e raras máquinas de matança que cabem na palma da mão. A única civilização que se sabe ser capaz de forjar armas de fogo, itens extremamente raros, caros e cobiçados pelo resto do mundo. Não possui um rei, e sim uma liderança eleita pela população após a morte do líder anterior, costumam ser sociáveis e extrovertidos, mas não hesitarão em passar a perna em alguém para salvar a própria pele.






.“Leomor é a maior nação do planeta!”

 Trata-se do maior polo urbano do mundo ocupando cerca de 1.000 km² e fortemente povoado. É uma monarquia em todos os seus fins, havendo uma família real que herdará tudo, nobres que vivem às custas do serviço da população e alguns burgueses.
  É chamado de centro do mundo pelos seus habitantes mais nacionalistas. Controla as principais rotas comerciais por terra do continente e sua cidade satélite, Minor Leo, é a capital mundial dos mercenários, com um fluxo absurdo de pessoas em busca de mercenários e de mercenários em busca de trabalho. Qualquer pessoa que tenha uma taverna em um local desses é capaz de fazer muito dinheiro.



“O verdadeiro Deus retornará, queimará os impuros e salvará os seus servos!”

 Uma facção de paladinos que servem ao que eles denominam Deus verdadeiro. Caçam e destroem tudo que eles consideram profano. Protegem vilas e cidadelas de demônios e seres da noite, muitas vezes em troca de ouro ou serviços. São portadores de poderes de luz e irredutíveis quanto a seus ideais. Não aceitam que nenhuma outra divindade além da deles seja cultuada.




“Deus está de volta, confie em seu poder, confie no exército divino.”

Um grupo que apareceu recentemente no mundo mas já fez seu nome. Apesar do grupo ser recente, a sua líder é a LENDÁRIA guerreira Angel. Uma angelical que participou na linha de frente da grande guerra. Dizem que ela feriu Lúcifer tão gravemente que mesmo após a sua vitória o anjo negro ficou incapaz de governar plenamente sobre o mundo.
 O exército divino não é reconhecido pela Ordem dos Cavaleiros Sagrados, pois o exército alega que Deus já está de volta e fisicamente presente com eles, visando retomar as rédeas do mundo, já a Ordem acredita que Deus não agiria de tal forma mundana, apenas traria o julgamento e salvação de imediato.
 Apesar disso, a força de Angel por si só já impede que a Ordem tente qualquer coisa contra o exército divino, já que ela tem a fama de ser o ser mais poderoso na face da terra, e o grupo está sempre recrutando novas pessoas para a sua causa.


.

O sol estava se pondo quando Void viu uma Taverna e resolveu parar no local. Estava irritado a cansado, pois havia andado o dia todo naquele clima árido e sol especialmente mais forte da região próxima a Westnia, o vampiro estava naquela região após ter ouvido boatos de que lá havia um ferreiro capaz de forjar itens mágicos de poderes diversos e absurdos. Apesar de completamente coberto e utilizando de uma máscara, o pouco de luz que entrava o causava pequenas queimaduras que o seu corpo teve de regenerar durante todo o dia. Sendo assim, Void estava irritado e com fome.
 A taverna parecia pequena e aconchegante, o tipo de local que no passado Void iria beber, cantar e dançar.

Adentrando no local, ele viu seis mesas, cada uma com várias cadeiras.

De frente para a entrada, do outro lado da sala, havia uma porta que dava para uma escadaria. Em uma das mesas estavam quatro pessoas que pareciam ser amigas. Dois deles estranharam os trajes e principalmente a máscara de Void.



Aharys vagava pela região de Westnia quando decidiu descansar o corpo em uma pequena vila próxima à um deserto. Ao chegar no local, a Taverna lhe chamou a atenção pois estava cansado, com cede e com fome de sua longa caminhada.
Na porta da Taverna estava um homem alto que parecia estar prestes a entrar.

Void adentrando a taverna faz uma rapida varredura no local e desfarça olhando para tras como se estivesse indeciso se entraria ou não


Após isso entra na taverna e se senta no balcão de modo que o sol da janela não afete o mesmo

Agora sentando, enquanto Void tira sua mascara e seu capuz diz sério:

-Whisk puro,cigarro e um esqueiro.

Caso seja servido o mesmo acendera seu cigarro e dará breves goles enquanto tenta ouvi oque os mais estão falando, se acha alguma pista sobre seu objetivo.

Aharys caminha em direção à taverna ansiando por descanso.

" Ahhh! até que enfim, um bom lugar para morcegar. " Pensou Aharys.

O mesmo adentra na taverna, observa ligeiramente o local e caminha ao balcão, onde se assenta próximo ao homem que viu anteriormente.


- Boa noite. Uma água e algo para matar o fome por favor.

O taberneiro foi até um barril, encheu a caneca de madeira e a colocou de qualquer jeito na frente de Void e, enquanto enchia outra, falou:

-Uísque? Por um acaso essa espelunca aqui tem cara de que vende UÍSQUE?
Com o copo cheio, ele o coloca a frente de Aharys ,também de qualquer jeito.
-Se quer água bebe da chuva, filhão. Pra comer eu tenho queijo e linguiça, vai querer o que?

Antes que Aharys respondesse, o homem virou-se em direção as prateleiras do fundo do balcão, pega um punhado de fumo juntamente com um pedaço de papel, coloca no balcão próximo a Void e diz:
-Vai montar sozinho ou quer o gostinho da minha baba no seu cigarro?

Void notou que no momento que retirou a sua máscara havia deixado de ser estranhado pelos outros homens no bar, que agora voltavam a conversar sobre suas futilidades. Um deles comentava a respeito de um boato de um ser que parecia um besouro humanóide que deixava um rastro de sangue e tripas por onde passava.


O sol já estava quase completamente apagado e a luz natural quase não entrava no estabelecimento. Para evitar o escuro, uma mulher com vestes de garçonete começou a acender as linhas em recipientes de óleo para iluminar o local. A aparência dela era a de uma mulher comum, cabelos negros, estatura média e olhos fundos.

Void começa a preparar seu cigarro sem dar bola ao que o mesmo falava, proseguindo asim com sua ação anterior, mas focando na mesa que esta falando sobre esse tal Besouro

Aharys apenas responde o homem de forma agradável:

- Tudo bem, me dê o queijo e a chave de um quarto por favor.

Void bebeu a cerveja e notou que era da pior qualidade possível, o que deixou um gosto ruim na sua boca.
O dono da taberna disse a Aharys, coçando o bigode.
-Certo vou pegar o queijo, mas não pode comer lá em cima, come aqui primeiro, entendeu?
Ele andou ate um barril mais atrás e começou a abri-lo.
 Enquanto isso, vocês podiam ouvir os homens conversando na mesa.
"Ah vai tomar no seu cu, Roberto. Um besouro Gigante?"
"É sério, Elbaf! É como se fosse um homem com a carapuça de um besouro gigante!"
"É, eu também ouvi falar, dizem que o filho da puta chega, mata todo mundo e vai embora sem falar nenhuma palavra."
O tal Roberto retoma a palavra:
-Sim, algumas pessoas dizem que ele vem acompanhado de um senhor, outros que ele aparece sozinho.

O dono da Taberna entrega uma grande fatia de queijo para Aharys.
A mulher agora acendia as linhas do outro lado da Taberna.
Elbaf o rebate:
-Se ele mata todo mundo como tá sobrando gente pra contar história, ein? Esquece essa porra ai e-
 Enquanto o homem falava, a garçonete esbarrou nele sem querer e derrubou o recipiente com óleo no homem, que ficou visivelmente furioso. 
-DESCULPA - Gritou a mulher assustada - Como aqui ainda esta escuro eu acabei tropeçando!
Ele se levantou, segurando-a pelo o braço e gritou:
-VOCÊ PERDEU O MEDO DE MORRER É, SUA PUTA DO CARALHO?!


Void já estava atento a situação, porém a confusão chamou a atenção de Aharys para aquela mesa.
Elbaf era um homem de meia idade que parecia ter uma condição física boa para a idade, cabelos loiros curtos olhos azuis e sobrancelhas grossas.

Roberto era um homem com um porte físico muito avantajado, usava um colete aberto sem nenhuma blusa por baixo, um chapeu e óculos escuros.







O terceiro era um jovem que aparentava estar na faixa dos 20 anos de idade, usava um macacão de couro e um pano na cabeça.

O quarto era uma figura bizarra que não havia falado nada ate então, e estava olhando para o nada. Ele veste um longo casaco de pele, tem uma tatuagem branca no rosto e um longo cavanhaque trançado. 

Todos eles possuíam espadas, com exceção do jovem, que possuía um bastão de madeira encostado ao lado de sua cadeira.

Aharys não pretendia entrar em conflito sem precedentes, então rapidamente tentou chamar atenção de todos para si falando com um timbre mais audível aos que estavam ali presentes.


- Cavalheiros! Queridos frequentadores deste local. Vocês estão agitados em (...) Hahaha!!! Pois bem, vamos seguir nossa noite sem conflitos, O que comerem e beberem é por minha conta !

Agora direcionado aos homem cuja mulher havia esbarrado Aharys se aproxima e diz (agora com tom de voz casual) :

- Algum problema camarada ? A moça não fez por mal, vamos no acalmar. posso te pagar de alguma forma pelo que ela fez ?

"em tempos diferentes, aquele cara ja teria perdido a mão..."
Void rapidamente "sai de cena" indo para o lado oposto aos demais com seus pertences para observar de lonje oque seria uma possivel briga, mormurando:


-Cerveja horrivel, cu de mundo, nem aqui terei paz?

O homen olhou para Aharys com confusão mas também com um sorriso no rosto :
-Você quer me pagar...Pela burrice dela?
A mulher também ficou confusa, mas estava assustada demais para dizer algo e apenas encarou os dois.
Ainda segurando o braço dela com força, Elbaf disse com  um sorriso sádico:
-Essa puta é sua? - Ele sacudiu a mulher pelo braço antes de continuar- Bem, que seja, já que tá com dinheiro sobrando assim, paga duas rodadas pra gente aqui e ta tudo certo, pode ser então?


Enquanto Aharys dialogava com o agressor, dois homens adentraram a taberna sem chamar a atenção para eles.
Tratava-se de um homem barbudo e cabeludo, sendo todos os seus pelos brancos. Junto com ele estava um jovem de curtos cabelos de um tom de loiro que se aproximava do branco. Apesar de não terem feito barulho os dois estavam fortemente armadurados e possuam sabres embainhados em suas cinturas.
Void sentia neles uma sensação que ele percebeu já ter sentido antes.

Relativamente próximo dali, Argon caminhava no deserto, o clima era insuportavelmente quente e o seu peso tornava caminhar na areia um esforço muito maior do que deveria, porém ele sabia que estava próximo de uma pequena vila e que a partir daquele ponto conseguiria caminhar por caminhos mais rochosos e menos arenosos.

Argon havia saído de seu esconderijo com o objetivo de obter alimentos para se manter pelos próximos dias.
Quando estava cerca de um quilômetro da cidade, um bando de urubus sobrevoando atrás de uma colina 300m à sua esquerda lhe chamou a atenção.


Já estava prestes a anoitecer o que dificultaria o seu retorno pelo deserto caso demorasse demais.

- Certo, Certo, apenas à solte por favor. As duas rodadas é por minha conta.

Aharys esperou pelo momento em que o homem soltasse o braço da garçonete e agiu como se a conhecesse de longa data.



- Me acompanhe por favor senhorita podemos conversar ? serei breve.
( Caso a garçonete não o acompanhe, o mesmo irá puxa-la de de forma natural pela mão.)

Aharys caminhou até o balcão enquanto abocanhava um bom pedaço do queijo, logo percebeu os homens que adentraram o local, mas continuou seguindo até o dono da taverna.


- As chaves do quarto por favor. ( Pediu Aharys ao dono da taverna assim que terminou de mastigar.)

- A propósito, as próximas duas rodadas dos rapazes naquela mesa (Aponta a mesa ) é por minha conta, vou subir e entrego o pagamento à garçonete.

" Povinho mal educado, brigam a troco de nada. "

Argon estava suado, com o mal cheiro das vísceras de demônios e celestiais impregnado em sua velha couraça, em sua pele e, em alguma instância, em sua alma. Com sua espada Saklas cruzada com sua escopeta na parte traseira de sua armadura, Argon farejava a carniça que emanava de criaturas próximas. Os passos pesados na areia ecoavam pelo deserto, deixando grandes pegadas que logo se apagariam com o tempo.



Conforme Argon esmagava insetos com seus cascos amaldiçoados, lembrou-se de uma vila próxima. Argon sabia que lá comeria algo melhor do que restos mortais de criaturas deformadas. Argon conferiu suas últimas moedas. Um pouco de comida boa seria útil pelo próximo mês. Argon estrala o pescoço, e confere a munição da sua escopeta.

Void nota a presença dos dois guerreiros e pensa, enquanto se levanta e vai ate a linha que esta queimando mais proxima acender seu cigarro.

"Era só oque faltava... dois paladinos, que da pra melhorar?"

Void após isso se senta e deixa sua mascara em seu colo, enquanto fuma seu cigarro , ainda sim escutando oque falavam, caso seja necessario focará nos paladinos

Argon optou pro ir até a cidade, e enquanto dava uma última olhada para o bando de urubus viu de relance o que pareceu ser um homem  se impulsionando no ar na direção contrária a que ele estava a caminhar.
A visão foi rápida pois logo a figura estava atrás das colinas devido a perspectiva.

Após alguns minutos de caminhada o céu já havia escurecido, e o comercio da vila fechado. Entretanto, ele já podia ver as luzes da Taberna que estava há cerca de 100m a sua direita.

Elbaf soltou a mulher com um sorriso no rosto 

-É toda sua campeão.
Ele coloca o pé sobre a cadeira e diz olhando para o dono da taberna.
-Ouviu ne, taberneiro? Duas rodadas na conta do cafetão ali.
Os homens gritaram em unissom
"AEEEEEEEE!!"

A garçonete ficou ainda mais confusa com as palavras de Aharys, mas já que ele a havia salvado ela tentou seguir o que ele dizia. Entretanto, após seu diálogo com o taberneiro, Aharys foi interrompido pelo mesmo:
-Ta maluco, camarada? Ela é a garçonete da casa, não a prostituta, ela tem que trabalhar aqui embaixo e, inclusive, você está cega Clotilde? Não ta vendo que tem dois clientes de pé sem serem atendidos não?


Agora com as atenções para sí, um dos homens armadurados e de postura nobre resolveu se pronunciar. Tratava-se do de longos cabelos brancos e ele disse em tom imponente porém amigável:
-Senhores, por favor não se incomodem com a nossa presença, estamos aqui pelos boatos que ouvimos a respeito de um humanoide encouraçado e carnificento que vem atacando pessoas inocentes.

O mais jóvem então tomou a palavra para sí:
-Estávamos de passagem por esta região quando ouvimos o boatos e, por suspeitarmos se tratar de algum demônio resolvemos caça-lo. Existe alguma recompensa aqui por este monstro?

O mais velho olhou com certa desaprovação para o jovem após a sua última fala, e o taberneiro sussurou para Void, que estava próximo dele:
-Os filhos da puta pagam de bonzinhos mas só querem nosso dinheiro.

Argon olha em volta uma última vez, para se certificar de que o sujeito nas montanhas não o havia seguido. Argon serra os punhos, e caminha firmemente até a taverna.

Após a fala do taverneiro void apenas murmura os olhando:

-hmm

Void fica visivelmente interessado no que os paladinos disseram, mas não podia se expor então apenas acena com a cabeça negativamente dizendo:


-Não faço ideia, estou apenas de passagem para westnia.

- Calma aí meu camarada, só disse isso por que eu não pretendia descer novamente, mas pode deixar que eu mesmo trago.


" O respeito ficou na puta que pariu " 
(Pensou Aharys por um breve momento em que ficou desconfortável )

Aharys, pretendia subir quando escutou os dois homens e respondeu :

- Nao estou por dentro do assunto, apenas parei para descansar.

Void sentiu cheiro de sangue velho se aproximando.
O Taberneiro não deu muita bola para a fala de Aharys ou dos homens e insistiu:
-Clotilde, vai lá atender os bonitões, porra.
A mulher se dirigia aos homens armadurados quando foi interrompida pelo mais jovem:
-Não é necessário. Estamos aqui apenas em busca de informações a respeito desse monstro, e os relatos se concentram nessa região próxima a Westnia.

Enquanto ele falava, o mais velho se aproximou dos baderneiros e disse:
-E vocês, jovens, sabem algo a respeito desse monstro?


O homem esquisito que até então estava em silêncio, olhou para o senhor com um sorriso macabro e disse:
-O peixe sonhava em escapar do aquário e ir para o banheiro onde viu seu amigo ir.
A colher de pau não cortou, mas deixou cicatrizes emocionais.
Só porque a água é vermelha não significa que você não pode bebê-la.

O senhor fez uma expressão de extrema confusão, e então respondeu:
-Perdão, isso é algum tipo de proverbio? O que quis dizer?

O homem esquisito o olhou com um olhar sério por alguns segundos

E então o respondeu:
-Dar instruções de que as montanhas estão a oeste só funciona quando você pode vê-las.

O homem de cabelos brancos tentava montar algum sentido das frases quando Elbaf interveio.
-Não perca tempo ouvindo o Nabi. Ele não bate bem da cabeça. Vê coisas, ouve coisas e quase nunca fala coisa com coisa.
O velho guerreiro diz com um tom de pena:
-Me parece algo muito difícil de se lidar, porque você o acompanha?
Elbaf encarou o guerreiro de cima pra baixo e disse, meio irritado:
-Ele é muito bom em qualquer tipo de trabalho braçal, e é meu meio irmão.

Nabi olhou para a porta e disse:
-A luz em sua vida era na verdade um fogo queimando ao seu redor.


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Argon viu que não havia nem sinal do homem que havia visto anteriormente e que dificilmente havia sido seguido, sendo assim, seguiu e adentrou na Taberna.
No local, além do conhecido Taberneiro, estavam quatro homens sentados na mesa a extrema esquerda do local, um homem alto de cabelos brancos em uma armadura brilhante à sua frente, atrás dele estavam a mulher que sempre ficava naquela taberna e, atrás dela, no balcão, um jovem rapaz de longos cabelos castanhos amarrados em um rabo de cavalo imenso
E ainda mais ao fundo, um homem com ar misterioso de longos cabelos claros, fumando um cigarro e segurando uma bebida.



Apenas Void, Aharys, a garçonete e o Taberneiro parecia ter notado a presença de Argon no local até o momento.

''Ah ótimo, ignorado haha'' 

Aharys escutava tudo que os homens conversavam, apesar de não fazer sentido para ele.

Aharys se interessou pelo assunto, passou a encarar toda aquela situação, do até então "monstro" como um tipo de conhecimento novo, mas se perdia no tédio de uma noite onde não conhecia ninguém. apoiou seus braço no balcão como suporte para o queixo e passou a observar tudo.

Percebeu a entrada do homem na taverna (OFF: ARGON), mas voltou a observar tudo.

"Aquele cara lá no canto, parece tão entediado quanto eu, talvez eu pudesse me aproximar""


Aharys observava tudo, pois apesar de tentar se encaixar em algum lugar, ou constantemente buscar uma boa aventura, o mesmo procurava vestígios ou informações da guerra passada, buscava algo que lhe explicasse o paradeiro de seus pais/familiares e antepassados, ou algo a mais sobre HEA

Após o mau cheiro de sangue podre, Void fica um pouco mais preocupado, esperando que seja o tal monstro por perto


Após as falas dos mesmos, quando Argos entra, Void fica em alerta, esperando que uma batalha esteja prestes a começar, oque tambem seria ideial para se saciar sem deixar pistas. então diz em um tom que só o taberneiro possa ouvir:

-Devo me preocupar ou sempre recebe pessoas assim?

Void mandem seu semblante neutro, não demonstrando que esta esperando pelo pior

"sempre o mesmo cliche de taverna..."
então aponta para argon e diz:

-seria esse seu monstro, paladino...?

Argon adentrou a taverna, e logo percebeu alguns homens com brasões divinos. Argon serrou ainda mais seu punho. A luz de suas roupas o fazia lembrar apenas da escuridão, e do terrível fim que Saklas sofrera. Acima de tudo, lembrava-se de Andrei. De que, enquanto sua alma se deleitava com o vinho mais fino em um paraíso que Argon jamais sequer imaginaria como é, seu sua pele macia agora poderia ser desfrutada apenas pelos vermes e parasitas que vivem abaixo da visão do homem, e que Saklas, com seus festivais robustos, seu exército imponente e fins de tarde chuvosos jamais retornaria, pois estava soterrado sob a desonra, a vergonha e, principalmente, sob a traição.



Argon caminhou pesadamente até o paladino mais jovem, que estava totalmente de costas. Seus punhos estavam serrados, e sua respiração pesada. Para Argon, não se tratava mais de comer. Não se tratava mais de sobreviver. Se tratava apenas de uma coisa: estripar e lacerar.



(Argon abrirá sua poderosa garra enquanto desfere um soco nas costas do paladino, para deixá-lo pendurado. Caso o paladino vire-se, o movimento será na altura do diafragma. Caso bem-sucedido, Argon o segurará pela garra no alto por alguns instantes, enquanto o sangue escorre por seu braço. Caso o oponente fuja, utilizará o gancho de carne da escopeta para se aproximar do mesmo e realizar a mesma ação.)

O taberneiro apenas deu de ombros para a fala de Void e se preparava para pegar o que Argon pedia sempre que ia la.
O jovem paladino olhava para o esquisito Nabi e estava focado em tentar entender as frases desconexas do homem quando viu Void apontar para trás e começar a falar.
Quando Void dizia a palavra "Paladino" o jovem se virou e Argon desferiu o seu golpe na direção do diafragma de seu inimigo. O paladino tentou defender-se, erguendo os braços mas já não havia mais tempo para reagir, não havia tempo para se defender.
Entretanto, devido ao "pouco" peso do paladino e a resistência da armadura, ao em vez de ser atravessado ele foi arremessado violentamente pelo telhado e voou para fora da taverna em uma velocidade absurda.



O impacto derrubou todas as garrafas e copos do balcão, virou todas as mesas e cadeiras que estavam vazias, derrubou todos no chão exceto por Void, Nabi e o outro paladino, além de ter produzindo um som altíssimo de impacto que mais parecia uma explosão.
Imediatamente Void soube que aquela força era absurda e provavelmente se equiparava à de seu antigo conhecido Aros ou mais.

Quase imediatamente depois, o velho paladino que havia saído em disparada emanando uma luz branca por todo o corpo e através da espada já estava desferindo um ataque em Argon enquanto este ainda não havia se virado na direção dele.
A espada brilhou fortemente e o senhor desferiu um corte diagonal de cima para baixo em Argon.

-MALDIDO DEMÔNIO!!! - Gritou o paladino ferozmente enquanto atacava.

Porém, o golpe deixou ambos surpresos. O paladino ficou surpreso por não ter partido Argon ao meio e Argon por sua vez ficou surpreso pois o golpe foi capaz de atravessar não só a sua armadura mas também a sua pele, apesar de não te-lo causado nenhum ferimento profundo.

A mulher gritava desesperadamente sem entender nada, e o Taberneiro encarava aquela situação perplexo, sem saber como reagir. Todos os baderneiros da mesa ainda não haviam se levantado, com exceção de Nabi, que agora de pé e com os braços abertos gritou:
-ABACAATEEE!!


Aharys conhecia sobre os poderes de luz mas nunca havia presenciado pessoalmente, e também nunca havia visto tamanha força física como a do golpe que Argon desferiu casualmente no paladino jovem. Void temia as consequências de estar tão próximo da luta do que parecia ser um paladino poderoso, já que um golpe de luz era algo arriscadíssimo para ele.