[Aventura]: Os Escolhidos

Cephyr disse a Kenshin:
-Lá onde estávamos, em baixo do templo. A cidade é pequena então não temos uma construção que seja só pra isso. Não tem ninguém preso lá também, ao menos não ninguém que dê pra gente se alimentar.

Casualmente ela propôs um plano alternativo:
-Podemos esperar que os viajantes caiam no sono e atacamos enquanto eles dormem, o que acha?


John tinha certa dificuldade em meditar sentado devido as suas costelas, e chega a conclusão de que seria mais seguro se deitar.

O homem parecia desesperado
-Pelo amor de deus...- Ele começou a apalpar os bolsos da calça- cadê a chave? Disgraça di chave q foi sumir agora, eu vo leva ocê pra casa de cumpadi Mariinha, oce n ta em condição de cavalga não homi.

Ele encontra a chave no bolso traseiro de sua calça.
-Eu vó lá chama ela e os fih dela pra gente te levar pra dentro e dar um jeito nesses seus machucado, oce ta judiado po dimais da conta, tem condição de cavalga não.

Sieghardt vê ao longe os mercenários adentrando a taverna, longe demais para nota-lo no escuro da noite.

-Entendi

-Cephyr você tem família aqui? casa sei la? pçara pegarmos roupas ou algo para nos cobrir, não sei se jhon esta apto o suficiente para usar sua magia para nos proteger do sol,mas  talvez devamos ficar por aqui mesmo, ou em algum barraco próximo

-Sabe de alguém que more nas redondezas que ninguém ligaria se ele não aparecesse?ou que tem costume de sair e voltar atarde, tipo algum camponês que sai para trabalhar em colheitas ou algo do tipo?

John deita no chão mas mantém se atento a sua volta ele tenta se deitar e manter sua katana próxima porém escondida de quem pudesse chegar.

" Talvez assim eu consiga ficar melhor. "

Cephyr respondeu:
-Não, não acho que tenha alguém assim na vila, todos temos uma rotina parecida lá...Os únicos que costumavam sair a noite eram os membros da igreja, esses você já matou.

-E é claro que tenho família, mas acha mesmo que irão me aceitar normalmente ? Eu nem deveria estar solta, na cabeça deles eu deveria estar no ritual para me tornar a esposa de deus, presa na minha gaiola de noiva.

-Por que não pegamos as roupas dos viajantes que matarmos? Depois da gente se alimentar vai ficar mais fácil de fazer qualquer coisa, talvez a gente mesmo cava um buraco pra se esconder, não sei.

-Calma la, o único que matei foi o Demônio lá... mas não faz diferença agora.

-Por onde prefere emboscar o possível viajante? já que conhece toda a cidade , talvez tenha algum lugar em especifico.

-Demônio?
-Não tem mistério, vamos para o telhado da taverna, ficamos atentos ate que eles durmam, entramos e fazemos o banquete. Parece fácil.

Sieghardt diz ao homem:
-Você ficaria surpreso com as condições em que já cavalguei na vida...por favor, vocês não conseguirão me curar!

Caso o homem ignore Sieg, este irá tentar se levantar para avaliar o estado em que está, se seria capaz de andar com qualquer velocidade.

Caso não ignore e continue a conversa, o nórdico formulará outra resposta.

-Ce que manda

Kenshin então segue Cephyr para o local determinado notando se a mesma faria algo de errado que podesse colocar o plano em risco(como por exemplo barulho , ou falta de habilidade)

Sieghardt se esforça, mas não consegue se manter de pé.
 O homem mal ouviu o que ele dizia, parecia apressado e preocupado com a saúde do nórdico.
O semi-deus não conseguiu se deslocar, e logo o homem havia retornado com 3 jóvens.
-Ih rapaz, ele ta mal mesmo, ein.
Disse um deles.
-Ces dois segura a metade de cima, eu e Roberto seguramo a de baixo - disse o senhor de antes.
Os homens se prepararam para erguer Sieghardt.

Cephyr acena com a cabeça e agora vocês caminham em direção a cidade.

Kenshin se mantem calado ate chegar mais próximo da vila(uma distancia que possa ter uma boa visão da mesma)

"Tsk..merda..desse jeito vou correr riscos com eles ponderando demais...eu preciso interromper isso, será que tem alguma forma de eu chamar Jonh ou Kenshin? Já sei..."

Sieghardt usa o resto de sua energia para usar sua habilidade de alterar os sentidos, e retira qualquer sentido de uma parcela pequena do ar, apenas para que o som dos corvos possa tomar efeito e quem sabe seus amigos escutarem.

Enquanto isso diz aos caipiras(já cedendo por conta de sua condição) se agarrando bem à cabeça do monstro:
-Não deixem os outros me verem ainda por favor, preciso conversar com todos em plena saúde!

 Kenshin e Cephyr chegaram até a vila e aproveitaram da confusão que a população criou tentando ajudar Sieghardt para escalarem com facilidade o telhado da taverna.
 De longe, o vampiro conseguiu observar e ouvir que o vilarejo pretendia cuidar bem dos ferimentos do seu companheiro, que já havia cedido aos ferimentos e desmaiado. Do alto da construção ele também conseguiu achar o elfom tão exausto que chegou ao ponto de deitar e dormir

   Enquanto seus companheiros dormiam exaustos, a taverna lotou-se de viajantes frustrados com a caçada falha que fizeram em buscar de Cephyr, se embebedaram e pouco a pouco começaram a ir dormir.
A lua tinha um tom avermelhado, como se soubesse o que estava por vir, e vocês podiam ver morcegos saindo para se alimentar sob a luz do luar escarlate.

-Eu quero que você pare segurar os seus instintos a partir de agora.

Kenshin ficou em choque com a ordem de sua mestra. Ele sabia que, se não se segurasse, se apenas fizesse as coisas que vem sentindo vontade desde que havia sido transformado na criatura que ele era naquele momento...

[left]-C-Cephyr...
Disse o vampiro, com os olhos lacrimejando e uma expressão de preocupação no rosto e assim ficou por alguns instantes. Entretanto, como se um interruptor tivesse sido pressionado, Kenshin já não se importava com absolutamente mais nada.
 Repentinamente, Kenshin começou a rir.
-você está certa, mestre, vamos fazer uma festa.

Cephyr sorriu e disse:
-Vamos...
 Então ela aponta para a frente, e todos os hospedes que ela havia se alimentado saem das sombras atrás dela e começam a correr em direção aos andares debaixo, agora como vampiros servos dela.

O andar abaixo foi atacado e os barulhos causados pelo massacre fez com que as pessoas dentro da taverna ficassem alertas e tentassem entender o que estava acontecendo nos andares superiores.
Enquanto os novos servos dizimavam as pessoas do segundo andar, Cephyr descia as escadas em direção ao primeiro, invocando uma legião de morcegos que quebraram as janelas e preencheram o local.

Os morcegos deixavam tudo aquilo ainda mais confuso para as pessoas do local, o que facilitou ainda mais para que Cephyr os retalhasse tranquilamente enquanto bebia do líquido vermelho que jorrava para todos os lados.

Com gosto pela coisa, Cephyr apenas seguiu direto para o térreo juntamente de seus morcegos, enquanto o ainda maior número de servos desciam as escadas para se alimentar do que conseguissem.
Kenshin participou pouco da matança naquele andar, e seguiu adiante para observar sua mestra.
Mesmo tendo ficado pouco tempo no andar superior, ao chegar no térreo Kenshin encontrou apenas Cephyr sentada sobre uma poça de sangue que cobria todo o chão daquele andar. Ela estava rodeada dos corpos de todas as pessoas que antes estavam a dançar e beber na taverna.
Ao chegar mais perto, Kenshin viu que sua mestra estava absolutamente banhada de sangue, ofegante e com os olhos muito abertos com expressão de êxtase.

Ela ficou assim pro uns instantes, Kenshin não quis incomoda-la e ficou em absoluto silêncio. Após alguns segundos ela virou lentamente o rosto para o seu servo.
-Kenshin...Eu quero mais...Essa cidade me fez passar por coisas absurdas em nome de um deus sádico...

Ela passou a língua nas presas afiadas antes de continuar.
-Agora que nos matamos deus, acho que é a hora de fazermos eles pagarem por tudo que sofri em nome dele aqui.

Eles notaram uma presença na direção da porta e, ao olharem para ela, viram Jhonn Spark olhando para eles com uma expressão incrédula no rosto.
-O...O-o que vocês...estão fa....fazen...do?

O elfo havia notado o barulho da confusão, despertou de seu sono e imediatamente foi ao local.
Cephyr o olhou e respondeu:
-Lanchando, e você, voltou tão cedo porque?

Ao ouvir a frase de Cephyr as feições delicadas do elfo se transformaram em algo que mais parecia uma fúria demoníaca.
-Lan...chan...do?...
Jhonn começou a emanar todos os elementos do seu corpo ao mesmo tempo, e naquele momento não se importava mais com o seu corpo em frangalhos, consumido pelo ódio, o elfo só pensava em destruir aquelas bestas infernais que estavam na sua frente.

Sentindo a hostilidade do antigo companheiro diante de sua mestre, Kenshin avançou para segura-lo antes que ele pudesse atacar. Entretanto foi lançado contra a parede por uma rajada de com força o suficiente para estourar a parede na qual o vampiro foi lançado.

Jhonn usou outra rajada de vento para se propulsar na direção de Cephyr, energizou sua lâmina com eletricidade e disparou feito um raio para corta-la ao meio.
Kenshin preocupou-se por um instante, mas logo reparou que sua mestre estava intacta. Cephyr estava com a mão direita esticada na direção do elfo, que agora estava de costas para ela e de frente para o balcão, onde parou sua movimentação.
Ele levou a mão até o rosto, e ao observa-la reparou que estava suja de sangue.
Só então Kenshin notou que o elfo estava sem um dos olhos.
Cephyr abriu a mão que estava fechada e revelou o globo ocular de Johnn.

-Eu arranquei o cego, já que você é amigo do Kenshin, mas não posso garantir que vou ser tão caridosa na próxima vez.

Ela tentou engolir o olho, porém acabou tossindo e cuspindo ele pra fora.
-Caramba, seu sangue tem um gosto horrível.
Johnn fica um imóvel, apenas com o corpo tremendo.
Até que ele se vira na direção de Cephyr, o vão do olho jorrando sangue e a encara com ódio profundo.
Decidido a dar tudo de sí no próximo golpe, ele utiliza novamente da rajada de vento para se lançar contra ela, mas antes mesmo que ele preparasse o ataque propriamente dito, ela também avançou e o acertou com um soco no rosto.
O elfo ficou absolutamente desnorteado, e a vampira aproveitou a situação para dar uma rasteira e soca-lo com força o suficiente para lança-lo de volta à floresta.
Cephyr cruzou os braços e disse, com expressão neutra:
-Ele é sortudo, se não fosse seu amigo e tivesse um sangue tão ruim eu não o teria poupado. Vamos, temos uma cidade para destruir.

Com John fora do caminho, Cephyr saiu do edifício preparada para destruir a cidade, porém, deparou-se com o um céu de tom alaranjado. Ao olhar para o leste, notou que o sol já ameaçava despontar no horizonte.
 Irritada, ela franziu a sobrancelha e disse:
- Que droga, isso vai ter que ficar para depois...
Ela olhou para dentro do estabelecimento, e visualizou o seu recém formado exército de vampiros.

-Está tudo bem, por hora vamos recuar, voltaremos aqui ao anoitecer.


Cephyr ordenou que sua horda procurasse por um esconderijo. Um deles encontrou uma caverna e todos vocês foram para lá.
 Ao cair da noite, vocês retornaram a cidade, mas não havia mais ninguém no local.
Ela então decidiu retomar o plano inicial de Kenshin de irem até a base Valentinne, já que ele havia citado a possibilidade de que lá ela poderia aprender mais sobre os seus poderes e sobre controla-los. Cephyr pretendia ficar mais poderosa e influente, para nunca mais perder sua liberdade.

Foram dois dias caminhando, utilizando vários e vários panos para se protegerem do sol durante o dia. Alguns viajantes foram atacados durante o percurso para a alimentação do bando esfomeado. Kenshin sugeriu algumas vezes que não fazia mais muito sentido ir até os Valentinnes, mas Cephyr estava tentada com a possibilidade de se fortalecer e insistiu na ideia.

Ao chegarem no local, o grupo de Cephyr deu de cara com Angel, Dio e Rita os esperando à frente da base.


Olhando pra cima para poder encarar Angel, Cephyr disse com confiança em sua voz:
-Vocês são os Valentinnes? Kenshin disse que aqui eu poderia aprender mais sobre os meus poderes e me tornar ainda mais poderosa.


Com um olhar frio, Angel disse em tom de voz ríspido:
-Calada.

Kenshin sentiu um frio na espinha temendo o que poderia resultar daquela interação.


-O que você disse?

Cephyr ficou mais surpresa do que nervosa. Desde que havia assumido sua natureza vampírica só havia sido paparicada a todo instante.

Angel a ignorou. Dio deu um passo a frente de Angel e disse:
-Kenshin....
A expressão do mestiço ficou mais agressiva antes dele continuar a falar

-Nós já sabemos o que vocês fizeram...Como você foi capaz disso?!

-Você traiu a confiança de todos...Você era meu rival...Eu não posso aceitar isso!

Angel permanecia parada e com um olhar sério.

Irritada, Cephyr colocou a mão sobre uma das cinturas e disse:
-Quem vocês pensam que são para acharem que podem simplesmente me ignorar?
Cephyr corre na direção de Angel, que a intercepta no meio do percurso, a segurando pela cabeça. A diferença de estaturas era imensa.

A angelical disse, com um olhar extremamente frio para a garota vampiro.
-Você é absolutamente irrelevante. Desapareça.
Após a fala Angel emanou uma rajada de luz pela mão.

O golpe desintegrou completamente a cabeça de Cephyr.

Mesmo sabendo que a vampira não morreria caso não tivesse o coração destruído, Kenshin não conseguiu conter a fúria e avançou na direção de Angel.
Entretanto, Dio se colocou entre o vampiro e a angelical, bloqueando o ataque de garras de Kenshin utilizando de uma espada.
-KEEENSHIIIIN!!!!! VOCÊ NÃO VAI DIZER NADA ???
Descontrolado, Kenshin apenas tenta acertar Angel mesmo com Dio o impedindo, e acaba recebendo um corte profundo no rosto e sendo derrubado no chão.
Nessa momento, o resto dos servos de Cephyr também avançavam. Rita se locomove e se lança no meio dos vampiros para batalhar e começa a desferir golpes de espada, atraindo a atenção para sí.

No chão e com o corte já se regenerando, Kenshin pensa:
"O que eu tenho a dizer?...tsk, agora já não há mais nada que possa ser dito..."

Ao olhar para Angel com ódio em seu coração, ele notou que ela tinha lágrimas nos olhos.
-Kenshin...No que você se tornou...?


-Como eu posso ter falhado tantas vezes com vocês em tão pouco tempo?

-Como posso continuar a liderar um exército para proteger a humanidade se não consigo proteger aqueles que estão sob minhas asas de serem tomados pela escuridão?

Ela fechou o semblante antes de continuar.
-Me perdoe, Kenshin, me perdoe por tudo. Mas não se preocupe, isso acaba aqui.
Angel casualmente finca sua lâmina banhada à luz no peito de Cephyr, dando um fim definitivo à sua existência.


Kenshin sente o maior desespero que ja sentiu em toda a sua existência.
Imediatamente após o desespero, o vampiro se preencheu de rancor.
Dio ameaçou dizer algo, mas Kenshin apenas passou por ele, arrancando-lhe a cabeça com as suas unhas.

Surpresa, Angel disse:
-DIO!

Ela olhou para Kenshin, que já caminhava em direção a angelical com intenções hostis.
-Você fez um pacto com Kurt, não deveria ser capaz de atacar um dos nossos!

O vampiro deu um sorriso agressivo e respondeu:
-Você não sabia, Angel? O pacto era ate a morte...E eu já morri.

A angelical o encarou com ódio e desprezo.
O vampiro avançou para ataca-la novamente.
Angel fechou os olhos e estendeu a mão na direção do antigo companheiro.
Com lágrimas escorrendo pelos olhos, Angel pensou
"Adeus, Kenshin, me perdoe por ter falhado com você."
Antes de disparar uma rajada de luz potente contra o vampiro.

Após o golpe já não restava nenhum rastro de Kenshin.


Entretanto, o vampiro sobreviveu. Antes que Angel houvesse disparado sua rajada de energia os instintos de Kenshin agiram e fizeram com que ele se protegesse com uma camada de metal utilizando da espada de Dio que estava próxima a ele. Entretanto, a potência do golpe foi o suficiente para lançado centenas de quilômetros de distância no ar, o que fez parecer que ele havia sido desintegrado pelo golpe. Como Angel estava de olhos fechados, ela não notou.


Somente algum tempo após a morte de Cephyr que Kenshin e a quebra do encanto de mestra e servo que Kenshin foi capaz de mensurar a situação de forma menos enviesada e notar que havia destruído a sua relação com seus amigos daquele mundo, e também perdido sua mestra. Kenshin já não era mais bem vindo entre os Valentinnes ou no exército divino.
 Sentia um rancor muito grande por tudo ocorreu, mas também sentia uma tristeza imensa, como se fosse ao mesmo tempo a vítima e o culpado.